Sexta-feira, dia 22
de junho de 2012. Algumas horas antes de seguir rumo ao aeroporto, malas ainda
desfeitas, dúvidas sobre o que levar e o que deixar para trás. Nessa escolha
por passar alguns dias mais conhecendo Santiago, a capital chilena, a ansiedade
se tornou minha companheira constante e o incerto passou a fazer parte da minha
‘nova’ rotina.
Voar, por si só já
seria uma grande e inédita experiência. Por isso, para superar o medo tive ao
meu lado um fiel escudeiro, que segurou a minha mão durante a decolagem e o
pouso e que me acalmou durante as turbulências – aliás, obrigada Eric Moraes ..
você tornou essa primeira “tarefa” muito mais fácil de ser cumprida. A tarefa
seguinte: conhecer outro país, outra cultura, falar e entender outro idioma.
Estes, foram os desafios iniciais propostos nessa missão acadêmica que se
tornou, com o passar dos dias, um aprendizado pessoal, único e indescritível.
Poderia me estender,
usar milhares de caracteres definindo essa experiência do novo, mas nada seria
capaz de expressar o turbilhão de sensações e pensamentos que passaram pela
minha cabeça desde que o avião enfim ultrapassou as fronteiras brasileiras.
Já em nosso destino
inicial, Santiago, optamos por esperar a chegada de um amigo que também se encaminhava para esta rica experiência. Assim o aeroporto, ao menos por algumas horas, se
tornou nosso “novo mundo”. Desconhecido, diferente, acolhedor e foi ali onde
descobri que os brasileiros são muito queridos nesta terra e que assim como
nós, os chilenos também não são grandes fãs dos hermanos argentinos, isso nos
rendeu bastante assunto e muitas risadas.
Após tanta espera,
chegava o momento de desbravar esse desconhecido tão aguardado. Felizmente, para
isso nos deparamos com um taxista extremamente simpático que já havia morado no
Brasil e que tentava se virar num espanhol abrasileirado um tanto quanto
enrolado. Este senhor de meia idade e nosso primeiro contato, mostrou um Chile
verdadeiro, com as suas imperfeições e diferenças que nos encantou do início ao
fim dessa viagem.
Nos hospedamos em um
hostel muito acolhedor, tivemos contato com nativos e com outros turistas,
encontramos muitos brasileiros, superamos as dificuldades com a língua e sim,
conseguimos nos virar muito bem arranhando um portunhol no mínimo engraçado.
Eu, particularmente,
realizei meu sonho de infância. Vi, brinquei, senti e me emocionei com a beleza
da neve. Conheci um lugar que vai ficar guardado para sempre nas minhas mais
belas memórias, o Valle Nevado. Uma estação de esqui - localizada no coração
dos Andes, onde tudo parece pequeno perto daquela vastidão de um branco tão
puro. Entendi que o povo chileno é abençoado por conviver com paisagens
admiráveis e que por muitas vezes nós também deixamos de observar tantas coisas
boas e belas que acontecem ao nosso redor, pelo simples fato de apenas olharmos
e não enxergarmos.
Visitamos outros
lugares que merecem um lugar de destaque nesta narrativa, mas acho que cada um
tem a sua própria versão dos fatos e você que está lendo deve com toda a
certeza ter a chance de contar essa história vista por seus próprios olhos.
Agora, três dias
depois de chegar nesta terra tão receptiva, é hora de encontrar com o grupo de
estudantes e professores, os outros “desconhecidos” que se tornarão personagens
das próximas histórias que eu terei para contar. Novos capítulos para escrever,
onde a ansiedade e a curiosidade pelo novo voltam a fazer parte dos meus
sentimentos mais constantes – se é que algum dia eles deixaram de existir.
Gabriela Souza
Muito legal o texto!
ResponderExcluirEspero um dia visitar o Chile!
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Parabéns!
Muito obrigada. Quando tiver oportunidade, vá mesmo. É um país lindo e receptivo.
Excluir=)
Sua experiência no Chile, certamente, foi incrível! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirCelso
Obrigada! =)
ExcluirQue orgulho! *---*
ResponderExcluirAdooorei, muito bom, Bii, parabéns pelo relato!
Beijos Cá!
Parabéeeens Gabi, ótimo texto!
ResponderExcluirbeijos Letícia Cherry