terça-feira, 3 de julho de 2012

O começo dessa aventura chamada Chile





Sexta-feira, dia 22 de junho de 2012. Algumas horas antes de seguir rumo ao aeroporto, malas ainda desfeitas, dúvidas sobre o que levar e o que deixar para trás. Nessa escolha por passar alguns dias mais conhecendo Santiago, a capital chilena, a ansiedade se tornou minha companheira constante e o incerto passou a fazer parte da minha ‘nova’ rotina.
Voar, por si só já seria uma grande e inédita experiência. Por isso, para superar o medo tive ao meu lado um fiel escudeiro, que segurou a minha mão durante a decolagem e o pouso e que me acalmou durante as turbulências – aliás, obrigada Eric Moraes .. você tornou essa primeira “tarefa” muito mais fácil de ser cumprida. A tarefa seguinte: conhecer outro país, outra cultura, falar e entender outro idioma. Estes, foram os desafios iniciais propostos nessa missão acadêmica que se tornou, com o passar dos dias, um aprendizado pessoal, único e indescritível.
Poderia me estender, usar milhares de caracteres definindo essa experiência do novo, mas nada seria capaz de expressar o turbilhão de sensações e pensamentos que passaram pela minha cabeça desde que o avião enfim ultrapassou as fronteiras brasileiras.
Já em nosso destino inicial, Santiago, optamos por esperar a chegada de um amigo que também se encaminhava para esta rica experiência. Assim o aeroporto, ao menos por algumas horas, se tornou nosso “novo mundo”. Desconhecido, diferente, acolhedor e foi ali onde descobri que os brasileiros são muito queridos nesta terra e que assim como nós, os chilenos também não são grandes fãs dos hermanos argentinos, isso nos rendeu bastante assunto e muitas risadas.
Após tanta espera, chegava o momento de desbravar esse desconhecido tão aguardado. Felizmente, para isso nos deparamos com um taxista extremamente simpático que já havia morado no Brasil e que tentava se virar num espanhol abrasileirado um tanto quanto enrolado. Este senhor de meia idade e nosso primeiro contato, mostrou um Chile verdadeiro, com as suas imperfeições e diferenças que nos encantou do início ao fim dessa viagem.
Nos hospedamos em um hostel muito acolhedor, tivemos contato com nativos e com outros turistas, encontramos muitos brasileiros, superamos as dificuldades com a língua e sim, conseguimos nos virar muito bem arranhando um portunhol no mínimo engraçado.
Eu, particularmente, realizei meu sonho de infância. Vi, brinquei, senti e me emocionei com a beleza da neve. Conheci um lugar que vai ficar guardado para sempre nas minhas mais belas memórias, o Valle Nevado. Uma estação de esqui - localizada no coração dos Andes, onde tudo parece pequeno perto daquela vastidão de um branco tão puro. Entendi que o povo chileno é abençoado por conviver com paisagens admiráveis e que por muitas vezes nós também deixamos de observar tantas coisas boas e belas que acontecem ao nosso redor, pelo simples fato de apenas olharmos e não enxergarmos.
Visitamos outros lugares que merecem um lugar de destaque nesta narrativa, mas acho que cada um tem a sua própria versão dos fatos e você que está lendo deve com toda a certeza ter a chance de contar essa história vista por seus próprios olhos.
Agora, três dias depois de chegar nesta terra tão receptiva, é hora de encontrar com o grupo de estudantes e professores, os outros “desconhecidos” que se tornarão personagens das próximas histórias que eu terei para contar. Novos capítulos para escrever, onde a ansiedade e a curiosidade pelo novo voltam a fazer parte dos meus sentimentos mais constantes – se é que algum dia eles deixaram de existir.

Gabriela Souza

6 comentários:

  1. Muito legal o texto!
    Espero um dia visitar o Chile!
    -
    Parabéns!

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    Respostas
    1. Muito obrigada. Quando tiver oportunidade, vá mesmo. É um país lindo e receptivo.

      =)

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  2. Sua experiência no Chile, certamente, foi incrível! Parabéns pelo texto!

    Celso

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  3. Que orgulho! *---*
    Adooorei, muito bom, Bii, parabéns pelo relato!

    Beijos Cá!

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  4. Parabéeeens Gabi, ótimo texto!
    beijos Letícia Cherry

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